16/12/2010

Se for pra abraçar, que seja pra valer. Se joga!

Engraçado, hoje correndo pro ponto de ônibus (atrasada, báásico) ouvi duas meninas no auge dos seus 10 anos conversando, (eu sei q ouvir conversa alheia é errado) mas foi cômico. A menina disse pra outra: [...] pois é, ela era minha maior inimiga sabe, a gente tipo se odiava de verdade! [...] e nessa hora eu sorri, pq a primeira coisa q me ocorreu é o quanto nos tornamos falsos conforme amadurecemos em nome da lei da boa convivência. Quando éramos crianças e não gostávamos de alguém, isso se tornava notório rapidamente e pouco importava o que as pessoas poderiam pensar ou dizer, amadurecemos e descobrimos q devemos gostar de todo mundo ou ao menos fingir isso, nos submetendo a máscaras ineficientes e desnecessárias na maior parte das vezes ou ainda entrar no jogo do contente e de modo auto-prejudicial acabar fazendo valer aquela história de "amigos perto, inimigos mais perto ainda". Não to querendo dizer com isso, que considere aceitável o indivíduo tornar-se detestável por onde anda pelo simples fato de se considerar possuidor de uma verdade absoluta a respeito do mundo. Só queria que lembrássemos de tirar essas tais máscaras nessa época em que sorrimos pra todo mundo o tempo todo, pra que nossos abraços possam ser realmente sinceros, nossos beijos possam mesmo transmitir algum sentimento e assim talvez, tornemo-nos capazes de amar verdadeiramente até aqueles que forçamos certa simpatia. Se existe algum presente realmente digno nesse natal, o nome dele é VERDADE.