27/10/2010

Levar pra vida toda e lembrar nos dias difíceis

Que a vida é uma batalha, todos nós sabemos. O que talvez não saibamos é que dos ataques que possamos sofrer o pior deles é o que atinge o campo emocional. Uma pessoa pode permanecer lutando diante de dificuldades financeiras, afetivas ou mesmo no que se trata do nosso mais precioso bem, a saúde. Mas lutar sem equilíbrio psico-emocional? sem auto-estima? só não digo que é impossível porque a essa altura não duvido de mais nada.
Decidi dividir com vcs então um post de uma blogueira super incomum: Verônica Volúpia que li faz um tempo e que me deu um up qnd eu tava meio down.


AS PADRONIZADAS QUE ME DESCULPEM, MAS SER ÚNICA É FUNDAMENTAL

A pior coisa que o homem inventou foi o chamado "Padrão de Beleza". Padronizar o belo é restringir uma ampla variedade de formas e de identidades ímpares e reduzi-las a uma estética burra. Fazer isso com a beleza feminina então, é uma catástrofe. É sentenciar à morte os contrastes entre os biotipos e a exuberância humana. Imagine se existisse apenas um tipo de cabelo, de largura de quadril, de tamanho de busto, de finura de nariz, de espessura de lábios, de cor de olhos, de altura. É o que tentam fazer com a gente hoje.

Não sou contra mudanças estéticas, muito pelo contrário. Sou contra mutilações de almas. Você sabe quem você é e o que gosta de ser? você se ama e está confortável no seu corpo?

O corpo se lembra, os ossos se lembram, as articulações se lembram. A memória se aloja em imagens e sensações nas próprias células. Como uma esponja cheia de água, em qualquer lugar que a carne seja pressionada, torcida ou mesmo tocada com leveza, pode jorrar dali uma recordação.

Limitar a beleza e o valor do corpo à qualquer coisa inferior a essa magnificência é forçar o corpo a viver sem seu espírito de direito, sem sua forma legítima, seu direito ao regozijo.

As padronizadas que me desculpem, mas ser única é fundamental. Só os meus lábios tem o meu gosto, só a minha pele tem o meu cheiro. Nenhum cirurgião plástico vai retocar em mim o que a natureza pintou. Mas sim, me permitirei ser várias, pois serei todas elas em um só tempo. Mude, experimente-se, ouse. A etapa anterior à mudança é o amor-próprio. O risco de uma nova 'você' lhe desagradar é imenso se a antiga 'você' não lhe apetece. Aprenda a sorrir primeiro. A aceitar-se. A adorar-se. É preciso trabalhar a sua auto-estima antes de comprar uma nova carcaça. Plante flores no peito antes de enchê-los de silicone. A partir daí, não importa em quem você se transforme, estará satisfeita.

16/10/2010

Eu não te odeio, só não me importo! (Firewall- Segurança em risco)

As pessoas podem colocar como oposto ao amor o ódio, mas se esse oposto existe, com certeza é a indiferença. Para odiar é preciso possuir um objeto de ódio e pensar nele, mesmo que seja negativamente. A indiferença, entretanto, consiste no fato de que não importa o que o indivíduo faça, por mais que ele tente, é incapaz de te atingir.
Há outra afirmação também encontrada em um filme que diz: "O poder em um relacionamento está nas mãos de quem se importa menos" de fato, quando você é a parte que se envolve menos, ama menos e se importa menos, o controle permanece sob suas mãos. Mas a questão é: Isso é o que queremos e esperamos? O controle?
O ser humano possui por instinto um desejo por poder e soberania sobre o outro, mas acredito que a adrenalina pelo imprevisível seja bem mais emocionante e atraente que possuir a submissão do outro e domínio sobre a parte menos madura ou inexperiente.
O que me impressiona na verdade é perceber que nas relações humanas geralmente há uma parte que se doa mais, se entrega mais, ama mais, que permanece amando após o rompimento e que por consequência sofre mais. Mas graças a Deus, ao destino ou a alguém em quem vc acredite, isso não é definitivo e assim sendo, tórna-se relativo também. Pois tudo vai depender da fase da vida na qual vc se encontra e principalmente de quem você escolhe pra dividir a vida, portanto, é possível ser a parte frágil da relação diante de alguém com quem vc decidiu se entregar verdadeiramente, e diante de alguém o qual gostou menos, ser a parte dominante. Acho que o lance é ir tentando até encontrar alguém com quem haja química a ponto de haver empate técnico, mas enquanto isso não acontece, vou tentando descobrir a sorte e o revés existente entre os limites do domínio e submissão.
No mais, bom fim de semana!

Tudo o que você faz na sua vida será insignificante. Mas é importante que você faça, porque ninguém fará no seu lugar. (Gandhi)

Assisti ao filme Lembranças. Admito, passei por ele diversas vezes na locadora e só paguei por ele depois da recomendação de 3 pessoas. Minha resistência existia por 3 motivos: 1º, o nome do filme é lembranças, geralmente lembramos daquilo que não temos mais, ou seja, alguém morreria no começo, meio e/ou fim da história; 2º o filme é drama e eu raramente choro o que deixa a coisa toda melosa meio sem sentido pra mim. 3º é com o Robert Pattinson, é... ele mesmo, o cara q brilha no sol. Pois é, tive que morder a língua, pq além de ter apreciado a atuação do rapaz, o enredo do filme deu voz às minhas convicções. Eu não vou contar o filme, lógico, mas posso dizer que a profundidade com que o autor apresenta seu ponto de vista em relação à vida são capazes de fazer pensar (ou chorar pra quem curte isso rs').
O que quero dizer é que concordo com a ideia do filme: A vida é mesmo feita de momentos (é clichê eu sei) e mais do que isso, a felicidade é feita daqueles instantes nos quais nos sentimos plenos e inatingíveis. Esse lance de felicidade sinônimo de casa, marido, filhos e bom emprego é coisa do século passado! rsrsrs'(calma eu to brincando! não sou nenhuma anti-convenções) só acho que felicidade vai além disso. Já me senti plena com coisas muito simples e bem mais fáceis de alcançar: como sentir a areia entre os dedos diante de um pôr-do-sol incrível, durante uma viagem inesquecível, dividindo um bom filme, ou mesmo uma boa conversa com alguém especial. Em fim, momentos que me conduziram a meditação e reflexão ou que consistiram nas mais doces e espontâneas gargalhadas entre amigos.
É... e agora me sinto assim: PLENA, e por mais incrível que possa parecer sem nenhum motivo em especial. Talvez seja aquele velho, habitual e banal motivo de sempre: O DE ESTAR VIVA.

14/10/2010

Sorry... eu precisava falar disso!

Talvez esse seja o tempo em que o essencial virou banal e nós perdidos já não saibamos mais em quem acreditar, às vezes, nem em nós mesmos.
éé... entendeu? acho q não neh... eu to falando da política desacreditada, da sujeira da vida pública e privada e do absurdo da corrupção que se tornou rotina. Eu to falando do "cidadão" que vende seu voto por 150 reais e ainda faz boca de urna em dia de eleição.
Eu to falando é do tal "povo" que começa na casa de cada um de nós e que por achar que não tem mais jeito deixa do jeito que tá. Ou ainda vota no Tiririca o cara do "Pior do que tá não fica"! é pra rir né?! só pode, porque a política no Brasil virou uma piada, só que uma piada que ninguém entende o final. Um final onde nada muda, ou quando muda não melhora. O final com o Ensino Médio do Rio de Janeiro ocupando o 2º pior lugar no ranking nacional. O final em que os futuros eleitores estão muito mais preocupados com o futuro que querem pra si próprios, quando o futuro do Brasil está diretamente ligado ao futuro de cada um deles.
Sabe o que queria?! Queria uma juventude comprometida com a verdade! Queria viver com pessoas que se importam com questões comuns a todos. Queria viver em um país onde os jovens fossem às ruas lutar pelo que consideram justo e legítimo. É... talvez eu tenha mesmo nascido na época errada... talvez eu seja mesmo uma loka que não enxerga a realidade. Mas ainda bem que eu sei que uns loucos por aí conseguiram mudar alguma coisa... é bom saber que houveram (e a minha fé no ser humano me permite crêr que ainda há) certos loucos, que fazem acontecer e se consideram verdadeiros revolucionários, se na tentativa de mudar o mundo conseguirem mudar o mundo de apenas uma pessoa.
Aproveito esse pequeno espaço pra fazer apenas um pedido: pesquise e pense antes de votar e mais do que isso acompanhe o que os seus candidatos tem feito e farão, pois se cada um tiver essa consciência, vai ficar mais fácil acreditar que o Brasil é mesmo um país de todos.