22/09/2011

"Penso, logo existo". Isso nunca fez tanto sentido pra mim


Admito que minha rotina tem sido intensa e me feito subtrair significativamente meu tempo dedicado às minhas paixões: cantar e escrever. Só não me sinto completamente absorvida pela correria por um único motivo: ainda penso.
E penso nas horas menos prováveis. Enquanto a maior parte das pessoas dormem, ouvem música ou fazem as duas coisas simultâneamente dentro de um ônibus cheio a caminho do trabalho ou na volta pra casa na tentativa de recuperar a noite de sono perdida com a menor porção de conforto e privacidade, eu simplesmente acordo. Sinto que minha visão do mundo se amplia enquanto a percepção se aguça.
Nessas horas em que conheço por completo o etinerário do lado de fora da janela, concentro-me em desbravar florestas, trilhar desertos e sobrevoar os abismos que existem dentro de mim. Desconhecidos que são aos meus olhos, percebo-me como pisando em um terreno nunca antes visitado e isso é transformador.
Vai dizer que você acha que se conhece? Você pode saber qual o seu prato preferido, se prefere chuva ou sol, o que quer ser daqui a cinco anos, mas duvido que se conheça por completo. Se ainda pensa assim é porque ainda não pegou um ônibus lotado ou uma praia deserta pra pensar em si mesmo. Pois eu, por vezes tenho a nítida sensação de que não importa quantas viagens eu faça em direção ao meu 'desconhecido', sempre restará em mim a faísca de que restará algo pra uma próxima oportunidade. Afinal, eu não preciso de todas as respostas, o que eu quero é ser feliz.

08/09/2011



2.0 e muita estrada pela frente

Duas décadas de existência. Tempo suficiente pra poder dizer que me conheço melhor que antes, carregando a esperança de poder repetir isso amanhã. Tempo suficiente pra dizer que conheço um pouco mais do mundo, já esse tipo de declaração carrega uma frustração camuflada, por perceber que preferia ter ainda do mundo e da vida a visão doce e pertubadoramente eufórica da infância. Mas de tudo que eu poderia dizer agora, algo tem ocupado um espaço especial nos meus pensamentos: meu nome. Rávellyn
Minha mãe sabia mesmo o que tava fazendo quando escolheu esse nome. Já desejei algumas vezes ser Carolina, Isabela, Gabriela, enfim qualquer nome que fosse fácil de falar e mais fácil ainda de escrever, mas me dei conta do quão marcante e imponente é o meu nome e digo mais, ele carrega minha personalidade. Só tendo muita personalidade mesmo pra repeti-lo pelo menos três vezes pros mais espertos e infinitas pros menos favorecidos ou esquecidos mesmo. E nas festas? Música alta e eu soletrando meu nome... cômico e verídico. Mas quer saber, eu amo ser Rávellyn, pasmem, mas eu não sou única e pasmem mais ainda, amo seu significado: Estrela Brilhante. Pra muitos eu posso ser só a menina tímida que senta no fundo da sala e que nem é lá muito popular, mas minha resposta é simples e direta: ser estrela é diferente de parecer ou convencer o mundo e a si mesmo disso.
Ser uma estrela brilhante é fazer a diferença por onde passa, não necessariamente brigando por cada minuto da atenção de todos, mas buscar marcar positivamente a vida das pessoas que conhece e ama. Ser estrela é simplesmente não se importar se seu brilho é notado, se seu calor é sentido, mas é em momento algum duvidar de sua absoluta essência. Ser Rávellyn é carregar em si uma dose do mistério do Universo que só é revelado a quem se dá ao trabalho de buscar conhecer e entender melhor.
Hoje, mais do que em qualquer dia da minha vida, me sinto segura. Não o tipo de segurança soberba que ofende, mas uma segurança sutil e firme que carrega em si a certeza que de tudo que eu poderia ser ou me tornar, desejo apenas ser Rávellyn e ter a vida que tenho. De todos os pedidos que poderia ter hoje, desejo apenas 'que Deus me ensine a contar os meus dias, pra que eu possa alcançar um coração sábio'. Pra uma estrela o tempo pode ser relativo, então só quero sentir a emoção de cada momento, acreditando que a estrada, assim como o céu, pode ser infinita e que na falta da falsa modéstia, o meu show tá só começando.