Posso dizer que meu plano deu certo, já fui ao cinema várias vezes, festas, teatro, shows, restaurantes e ainda rola um espaço pra dar umas voltinhas na serra e no mar. No entanto, de todas essas experiências, o que mais me inspira é perceber o quanto aprendi nesse tempo, não só pelo fato de ter lido quase todos os livros que comprei e não li durante o semestre, mas o quanto pude me conhecer parando pra pensar mais em mim e além disso, o quanto pude perceber que não preciso acreditar nas verdades absolutas e irredutíveis que o mundo me apresenta, o mais legal da vida é que cada um pode decidir que caminho seguir, quais escolhas fazer, o problema é descobrir o que verdadeiramente queremos. No livro Alice no País das Maravilhas, de Lewis Caroll, ocorre um diálogo interessante entre a menina e o gato. Ela está perdida em um labirinto e ao encontrar o gato, pergunta desesperada qual o caminho pra sair dali, ele lhe pergunta aonde pretende chegar e ela diz não saber, então ele responde: De que adianta eu te mostrar a saída se você não sabe pra aonde quer chegar?
Isso serve pra mostrar que podemos até culpar a rotina ou o "destino" pela nossa insatisfação, mas se de fato estamos insatisfeitos, isso é fruto de uma negligência em relação ao melhor compromisso que podemos adquirir na vida, a responsabilidade pela nossa felicidade. Não precisaria ter ido a todos os lugares que fui pra chegar a essa conclusão, mas não quero ir a lugar algum antes de me comprometer absolutamente em buscar impreterivelmente ser o mais feliz possível. Se tivesse que escolher uma única recordação pra levar dessas férias, seria este momento, no qual percebo o quanto a verdade é não só esclarecedora, mas tem um poder inacreditavelmente libertador.
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