17/02/2012

Será que elas só pensam nisso?

Esses dias me perguntaram como eu me vejo casada. Como diria meu amigo Thales "Isso daria uma boa discussão", mas minha resposta foi intuitiva e se fosse há uns meses atrás, talvez até surpreendente. - Feliz - foi o que eu disse.
_ Trabalhando em casa ou fora?
_Fora!
_E o que mais?

Na hora eu me enrolei pra pensar numa resposta pá-pum, até porquê são os "E o que mais?" por aí que leva muita gente a surtar por aí em busca de respostas, mas parando pra pensar, eu me vejo curtindo a vida, viajando o máximo possível e me esforçando pra fazer da história que até então era só minha, um ótimo pacote pra dois (embala pra viagem, por favor...) Me vejo acima de tudo, tendo a chance de fazer alguém feliz. Ser feliz é #tudibaum, mas ver nos olhos de alguém essa felicidade e a certeza (mesmo que ela só caiba na eternidade de um segundo) de que fiz a escolha certa. - Quem me conhece sabe que fazer escolhas é um desafio Giga pra mim!

Acredito que essa certeza me motive nos momentos de crise e sirva de combustível diante dos desafios realmente intimidadores. Pensar nisso tudo me deixou com um sorrisinho no canto da boca do tipo: "Quem diria, dona Rav, você falando dessas coisas..." Pois é, to me descobrindo de uma forma tão gostosa que dá até preguiça em deixar o tempo passar. Tenho descoberto uma mulher onde eu jurava existir só uma menininha e isso me motiva a querer potencializar e maximizar tudo isso dentro de mim, no tempo certo, claro.

O que me assusta é perceber que 'Amar' virou palavrão agora, soa estranho demais, deve ser a falta do hábito que a sociedade tanto pratica e que foi substituído pelo egoísmo, que não deixa de ser um tipo de amor-próprio, mas distorcido.

É muito mais fácil tirar a roupa que despir a alma, abrir a cabeça, se libertar de preconceitos... A galera segue ficando cada vez mais pelada, mas por dentro é tudo trancado. Assim eu não brinco mais!

Pra fazer outra pessoa feliz eu sei que não é preciso casar nem nada, mas pra acreditar no casamento é preciso ter fé no amor. Taí outra palavra que caiu em desuso, FÉ, mas aí eu deixo essa briga pra outro dia.

16/02/2012

O tal diferencial

Fico feliz demais ao perceber que mesmo vacilando e deixando de postar por tanto tempo, o número de visualizações de página do blog continuam crescendo. Fiquei surpresa pra dizer a verdade. Várias vezes me pego acordando no meio da noite com a cabeça fervilhando e corro pra pegar uma caneta e papel, na hora a vontade maior é apenas tirar as coisas do campo da ideia pra um plano mais concreto, mas aí quando termino de escrever me vem uma vontade louca de compartilhar isso tudo com alguém, aí eu lembro que tenho esse espaço em que me sinto absolutamente livre pra pensar e dizer o que quiser, mesmo que ninguém leia, mesmo que ninguém saiba, a minha autorrealização é suficientemente capaz de nutrir o meu ego. rs'

Tenho um post montado desde dezembro, que eu pensei ter perdido e por isso não publiquei antes, encontrei-o ontem e acho que foi em um momento perfeito. Lá vai:

Era uma sala de espera, dessas sem nada de muito especial, a não ser a sensação de espera, que já é suficiente pra deixar qualquer de um jeito estranho. Mais do que isso era a espera pra uma entrevista de estágio, a primeira tentativa depois de entrar pra faculdade. Eis que me vem a cabeça todas as perguntas clichês de entrevistador que eu provavelmente ouviria. Precisava saber como demonstrar autenticidade sem parecer prepotente. Uma pergunta ecoou mais que as outras: qual seria o grande diferencial de alguém que está destinado/determinado a alcançar o sucesso? O que poderia me destacar dos demais candidatos à vaga? Dedicação? Força de vontade em superar desafios? Alta capacidade de adaptação?

Tenho certeza que essas seriam respostas razoáveis para apresentar ao entrevistador, mas o que eu buscava ali era algo que satisfizesse a mim mesma, aos meus questionamentos internos, a ponto de me garantir que eu atingiria o sucesso, independente da contratação. Sim, eu encontrei a resposta.

A fronteira entre o fracasso e o sucesso existe na capacidade de cada um em lidar com as experiências da vida, principalmente as não realizações de objetivos. O que diferencia uma pessoa saudável e madura de alguém frustrado emocionalmente é fruto da postura que se tem diante das oportunidades e riscos assumidos no decorrer da estrada. Ser livre é viver sem medo de ser feliz mesmo lembrando das tentativas frustradas anteriormente, descobrindo a vocação para a perseverança ao entender tudo o que passou como experiência altamente válida, mas sem permitir que isso aprisione, impedindo de mergulhar no desconhecido. As chances de decepção sempre vão existir, e daí? Ainda bem que também existe a oportunidade de tentar fazer tudo dar certo.

Alguém um dia disse que "na vida não há prêmio ou punição pelo que fazemos, e que a sorte e/ou azar é responsável por apenas 10% do que somos. 90% das nossas aflições e sorrisos são fruto de nossos atos." E hoje percebo que essa constatação é aplicável a todos os campos da vida: emocional, acadêmico, profissional, espiritual, enfim, quando nos assumimos como protagonistas de nossas vidas, carregamos a responsabilidade de fazer o melhor possível com o que temos em mãos.

Quanto ao estágio, podem soltar os fogos, eu consegui a vaga, e hoje faz exatos 3 meses que fui contratada, percebo que o desafio apenas começou, mas o que realmente me cativa a seguir em frente é perceber que o maior incentivo recebi nos bastidores, enquanto a vida acontecia do lado de fora daquela sala, quando o canhão de luz não estava direcionado pra mim, provando que momentos ordinários podem ser potencialmente produtivos a ponto de mudar nossas perspectivas em relação às oportunidades que recebemos, mas primordialmente em relação a nós mesmos.

Desculpa pelo texto gigante, sabe como é, tava em abstinência, aí já viu...

15/02/2012


Tempo... entro num acordo contigo...

Tá, já podem me matar, agora que sabem que estou viva esse tempo todo sem postar uma única vez em meses. É que o ritmo tá frenético! Em todos os sentidos, mas assumo que sinto uma falta enorme de explorar esse espaço que não é só virtual, mas que abre inúmeras janelas pra dentro de mim.

A vida tem mudado tanto, que to começando a questionar até o Renato Russo "Todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou, mas tenho muito tempo... temos todo o tempo do mundo..." Só que até o fim da música  você acaba descobrindo que não "... somos TÃO jovens" assim.

O tempo talvez seja considerado o item mais caro e precioso ultimamente e não pode ser comercializado em cápsulas (embora alguns tentem) ou em barris (se fosse possível, garanto que seria bem mais caro que petróleo), porque no fim das contas tudo se mantem por intermédio do tempo: aquele dia inesquecível, aqueles minutos mais prazerosos de todos, aquele segundo em que você carregou a certeza de que estava plenamente feliz... tudo inevitavelmente se conecta por um lapso temporal.

Daí não custa nada pensar que "otimizar" nosso tempo seja um ótimo investimento. Tá certo que não dá pra ter a vida de família de propaganda de creme dental, mas quando trago a ideia de otimização é no sentido de investir tempo no que realmente vale a pena, o que nos faz feliz. (Lá vou eu me apropriar novamente da criatividade alheia) Como diz Luiz Fernando Veríssimo:

"Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, agindo que esperando, porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu". 

Vamos combinar que não existe arrependimento maior do que tempo perdido: o beijo que não foi dado, a palavra que não foi dita ou a palavra que não deveria ser dita e o foi. Ainda não é possível voltar no tempo, o que tá feito já foi, mas o que pode ser feito cabe a cada um cumprir dentro de seus propósitos e prioridades.

Hoje me vejo falando de algo que vale pra todo mundo, mas principalmente pra mim. Juro que como a boa menina que sou, estou seriamente disposta a fazer um esforço sobre-humano para ligar o botãozinho do F... (chuchu, cenoura e café pros íntimos) para me comprometer cada dia mais com a minha felicidade. Posso dizer que tá dando super certo e que não tem misterio: é só fazer com muita vontade aquilo que a gente realmente gosta e o resto a gente faz quando sobrar... qual é mesmo o nome da coisa? Ah, tá, quando sobrar tempo.