Fico feliz demais ao perceber que mesmo vacilando e deixando de postar por tanto tempo, o número de visualizações de página do blog continuam crescendo. Fiquei surpresa pra dizer a verdade. Várias vezes me pego acordando no meio da noite com a cabeça fervilhando e corro pra pegar uma caneta e papel, na hora a vontade maior é apenas tirar as coisas do campo da ideia pra um plano mais concreto, mas aí quando termino de escrever me vem uma vontade louca de compartilhar isso tudo com alguém, aí eu lembro que tenho esse espaço em que me sinto absolutamente livre pra pensar e dizer o que quiser, mesmo que ninguém leia, mesmo que ninguém saiba, a minha autorrealização é suficientemente capaz de nutrir o meu ego. rs'
Tenho um post montado desde dezembro, que eu pensei ter perdido e por isso não publiquei antes, encontrei-o ontem e acho que foi em um momento perfeito. Lá vai:
Era uma sala de espera, dessas sem nada de muito especial, a não ser a sensação de espera, que já é suficiente pra deixar qualquer de um jeito estranho. Mais do que isso era a espera pra uma entrevista de estágio, a primeira tentativa depois de entrar pra faculdade. Eis que me vem a cabeça todas as perguntas clichês de entrevistador que eu provavelmente ouviria. Precisava saber como demonstrar autenticidade sem parecer prepotente. Uma pergunta ecoou mais que as outras: qual seria o grande diferencial de alguém que está destinado/determinado a alcançar o sucesso? O que poderia me destacar dos demais candidatos à vaga? Dedicação? Força de vontade em superar desafios? Alta capacidade de adaptação?
Tenho certeza que essas seriam respostas razoáveis para apresentar ao entrevistador, mas o que eu buscava ali era algo que satisfizesse a mim mesma, aos meus questionamentos internos, a ponto de me garantir que eu atingiria o sucesso, independente da contratação. Sim, eu encontrei a resposta.
A fronteira entre o fracasso e o sucesso existe na capacidade de cada um em lidar com as experiências da vida, principalmente as não realizações de objetivos. O que diferencia uma pessoa saudável e madura de alguém frustrado emocionalmente é fruto da postura que se tem diante das oportunidades e riscos assumidos no decorrer da estrada. Ser livre é viver sem medo de ser feliz mesmo lembrando das tentativas frustradas anteriormente, descobrindo a vocação para a perseverança ao entender tudo o que passou como experiência altamente válida, mas sem permitir que isso aprisione, impedindo de mergulhar no desconhecido. As chances de decepção sempre vão existir, e daí? Ainda bem que também existe a oportunidade de tentar fazer tudo dar certo.
Alguém um dia disse que "na vida não há prêmio ou punição pelo que fazemos, e que a sorte e/ou azar é responsável por apenas 10% do que somos. 90% das nossas aflições e sorrisos são fruto de nossos atos." E hoje percebo que essa constatação é aplicável a todos os campos da vida: emocional, acadêmico, profissional, espiritual, enfim, quando nos assumimos como protagonistas de nossas vidas, carregamos a responsabilidade de fazer o melhor possível com o que temos em mãos.
Quanto ao estágio, podem soltar os fogos, eu consegui a vaga, e hoje faz exatos 3 meses que fui contratada, percebo que o desafio apenas começou, mas o que realmente me cativa a seguir em frente é perceber que o maior incentivo recebi nos bastidores, enquanto a vida acontecia do lado de fora daquela sala, quando o canhão de luz não estava direcionado pra mim, provando que momentos ordinários podem ser potencialmente produtivos a ponto de mudar nossas perspectivas em relação às oportunidades que recebemos, mas primordialmente em relação a nós mesmos.
Desculpa pelo texto gigante, sabe como é, tava em abstinência, aí já viu...
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