Doidas e Santas é o livro da minha vida. Li e me identifiquei de um jeito que chega ser irritante. A Martha Medeiros escreve nele de um jeito que me sinto uma versão pocket dela. Ela escreveu tudo o que eu escrevo, sinto, falo, penso, reclamo, enfim, já sei quem eu vou ser quando crescer!
Ao assistir à peça, meus caros, tremi na base, chorei e tudo. O teatro torna tudo mais real e espetacular, minhas convicções tomaram mais força e nitidez, e o impacto que tudo isso teve em mim foi tão visível, que até um amigo que me acompanhou comentou o grau de semelhança entre mim e a personagem. Tô até com medo agora. Martha macumbeira, fica por aí contando minha vida...
Fato é que saí do teatro com aquela vontade enorme de ser feliz sabe, de não deixar nada pra amanhã, parar de me matar por tudo, fazer o que me der vontade, acreditar mais na felicidade mesmo acreditando cada vez menos nas pessoas. Sabe aquela vontade louca de dar voz às vontades mais insignificantes? Pois é, isso é tão bom... A vida fica tão mais colorida! Ah e os amigos... Tão bom conhecê-los e melhor ainda mantê-los.
Acabo de descobrir-me uma Doida completamente disposta a viver e talvez até menos santa do que deveria, porque é só vivendo as duas faces da história que se descobre o verdadeiro glamour da vida. Muitos morreram por exagerar na dose em relação a uma dessas vertentes, mas vai ser buscando o equilíbrio que vou vivendo e escrevendo a única história em que sou protagonista, e diga-se de passagem, digna de aplausos.
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