23/06/2011

Não consigo parar de viajar nem a base de muito filme (Parte 1)

Feriado, viagem adiada para o fim de semana e com esse friozinho optei por assistir a uma maratona de filmes enrolada no edredom... Aluguei filmes aleatóriamente, to tentando incorporar a ideia de que tenho mais a perder com a dúvida, que com uma possível escolha errada. E olha que acho que fiz boas escolhas hein! Assisti Cisne Negro (super recomendo, tudo bem q todo mundo já deve ter visto, mas pra quem curtiu Uma Mente Brilhante, vai amar esse) vi também Amor por Contrato (bem legal também, fala sobre a lógica de consumo e a publicidade exacerbada, meio exagerado, mas ainda assim legal), ah e Machete, to numa vibe meio cult e precisava alugar esse.
Mas pra ser bem sincera, sustento uma paixão secreta pelas comédias românticas, (tá, admito que tem umas beem fora da realidade) mas esse lance de final feliz é tão fofo, e alguém tem q se dar bem nessa jossa neh?! (Jossa?) Enfim, entre os outros trocentos filmes e seriados que assisti, de Friends a Dexter, um filme me chamou atenção pros conflitos que todo mundo tem a respeito de relacionamentos (pelo menos eu tenho): Amor sem escalas (que meu irmão não leia isso, pq ele diz que eu só gosto de filmes com amor no nome, mas o título original é Up in the Air)

Não consigo parar de viajar nem a base de muito filme (Parte 2)

Seria ridículo contar o filme a essa altura do campeonato, mas um diálogo me fez refletir sobre o que pode ser considerado eterno e casual numa relação e me compatibilizar com o conflito que se aloja na cabeça de uma das personagens: o medo de ficar sozinho. A conversa acontece entre uma garota recém formada e uma mulher mais madura.
"_ Às vezes parece que não importa o tamanho do meu sucesso, nada vai fazer sentido se não achar o cara certo (...) Não me importo em ser casada com a minha carreira, não espero que ela me abrace na cama antes de dormir, eu só não quero me acomodar.
_Você é muito nova ainda, agora está vendo isso como uma espécie de fracasso, mas na hora que achar a pessoa certa, não vai se sentir acomodada."
Parece tão simples, é só sentar e esperar... A paciência necessária pra entender o fluir da vida só vem com o passar dos anos, mas acredito que no fim das contas, o que todos buscamos saber é se somos de fato amados. A maturidade às vezes leva as pessoas a julgarem-se superiores, pra qualquer problema que eu enfrente, vai ter sempre alguém pra dizer o quanto tudo é banal devido a minha idade e inexperiência, mas sinceramente acho que esse é só um jeito de dizer que não sabem a real resposta. Até porque, quando se trata de relação afetiva é impossível saber como vai ser, não há garantia alguma em relação ao futuro, como posso saber se vou casar e ter filhos? tem gente que acha que por ter vivido mais, são verdadeiros oráculos sagrados e já sabem tudo a respeito da vida, mas o mundo me diz que quanto mais aprendemos, mais amplo fica o horizonte do desconhecido.
É óbvio que a solidão geralmente se apresenta como algo nocivo e até sufocante, não dá pra simplesmente disfarçar focando na carreira ou nos estudos e vamos combinar que tambpem não há principe encantado nesse mundo que afaste de nós a solidão por completo. Ela é congênita, nasceu e vai morrer conosco, é melhor aprender a lidar com ela.
Eu não tenho as respostas que a garota do filme espera, na verdade não possuo resposta nem pros meus próprios questionamentos, mas poderia dizer que como ela eu também aguardo pelo cara que me faça perder o fôlego e que mesmo por um segundo me faça pensar que o mundo é perfeito. Mas enquanto ele não chega, e infelizmente às vezes até duvido que ele exista... concentro-me em viver um dia de cada vez, da mais espontânea gargalhada ao choro contido,
carpe dien é o que há de melhor nessas horas, aliás em todas as horas. Por via das dúvidas, a vida tá só começando e nós somos responsáveis pelos maiores limites que existem no nosso caminho.

22/06/2011



Menina-Mulher? Prefiro a Mulher-Menina...

Às vezes sinto falta da menina que acreditava em príncipes, castelos e no tal do 'Felizes pra sempre', às vezes me falta aquele frio na barriga, que sentia quando tentava ir cada vez mais alto brincando de balanço, ali o mundo parecia pequeno a ponto de me permitir achar que poderia ser meu se simplesmente o quizesse. A felicidade morava a um brigadeiro de distância e o mundo sem dúvida era muito mais colorido e doce.
O tempo passa e as matrizes cinza vão ganhando espaço, o mundo dos adultos é cheio de responsabilidades e horários, antes meus problemas eram ter que dormir cedo e escovar os dentes toda hora pra evitar as cáries, hoje tem o tal do futuro profissional, os relacionamentos que sempre tem uma chance enorme de dar errado, o planejamento antes de cada passo, as preocupações com que os outros vão dizer... ah sinto falta de como me sentia o máximo tentando passar a noite acordada pra ver o raiar do sol, ou o quanto conseguia ficar eufórica com um passeio com os amigos da escola...
Me tranquilizo em saber que essa menina ainda mora em algum lugar aqui dentro, ela sempre sai do casulo quando consegue se desprender das toneladas de expectativas que depositam sobre ela, e principalmente das cobranças que ela mesma mantém. Quando isso acontece, me sinto possuidora de asas, o mundo volta a ser meu e deixo de desejar os aplausos ou as grandes conquistas, quando essa moleca toma conta de mim só desejo ser dona do meu próprio mundo, de fazer travessuras só pra me sentir um pouco mais humana e sinto uma paz que transcende a tudo.
Hoje me vejo assim, percebendo que a vida tem muito mais a me revelar do que responsabilidades, olho a minha volta e percebo que ser boazinha o tempo todo cansa, e que se for pra viver, que seja de verdade, com vontade, sem medo de ser feliz (pra sempre?) duvido! Mas prefiro acreditar nessa mentira do que passar a vida tentando construir castelos no que sobrou da verdade do mundo.

17/06/2011

Quer saber?! Parei.


Hoje, me vejo às seis da tarde, sentada sem ter absolutamente nada pra fazer. Logo eu, que nunca tenho tempo sobrando, me vejo aqui a ver navios, no caso, a ver as barcas atravessando a Baía de Guanabara. Vendo os carros resumidos a pontinhos de luz passando pela ponte Rio-Niterói e é aí que percebo o quanto me comporto como uma ratinha correndo na rodinha constantemente, achando sempre que estou quase lá. Quase onde mesmo?
O mundo cobra o máximo da gente o tempo todo e quando não aguentamos mais e as circunstâncias nos submetem a uma parada obrigatória, nos damos conta do quanto nos arriscamos cegamente em tentativas frustradas de atingir a perfeição, planejando folgas sempre pra mais tarde, chamando as responsabilidades sempre pra mais perto. Me satisfaço então por estar aqui, completamente impossibilitada de cumprir qualquer das minhas obrigações: estudar, arrumar, enfim, pensar. Não quero fazer da rotina minha senhora, não pretendo ser refém do medo de fracassar, quero romper com minhas expectativas e não mais pensar em nada que me prenda ou sufoque.
O que desejo hoje é não fazer planos a longo prazo, simplesmente sentir a noite que cai sobre mim dizendo que é só uma criança e que eu também não passo de uma criança pra querer bancar a adulta e carregar o mundo nas costas. O que eu desejo de verdade são noites bem dormidas, dias bem vividos e se não for pedir muito... fins de semana inesquecíveis. A vida é curta demais pra tantas perguntas, tantos medos, tanto pensar. Porque hoje, aah... hoje eu só quero que o dia termine bem ♪

11/06/2011

Valentine's day (é pois é...)


















Meu coração às vezes me diz que eu não preciso de muito pra me sentir feliz, na realidade, só preciso de amor: sentir-me amada e ter a quem amar. Minha razão, entretanto o contraria, mostrando-me uma série de conceitos, princípios e valores que por hora me parecem circundar a real felicidade, assim propondo-me sérios desafios e metas para atingir a auto-satisfação.
É difícil dizer que parte de mim possui maior grau de veracidade, uma vez que a cada oportunidade, alimento uma dessas vertentes dentro de mim, me auto-desqualificando enquanto juíza neste jogo. O que me conforta é saber que de modo inerente às incertezas que cercam o mistério da vida, uma única constatação se põe diante de mim a cada amanhecer: o desejo em não me tornar um ser conformado. Nao pretendo seguir as normas sempre, não quero agir o tempo todo conforme o esperado, luto todos os dias pra não me conformar com o mundo que me cerca e com as circunstâncias que a vida por meio do que chamam de "destino" coloca diante de mim.
Pode até ser que eu nunca descubra quem será o grande vencedor na guerra entre minha razão e emoção, mas quero possuir eternamente a convicção de que não passei pelo mundo como alguém absolutamente comum, afinal de contas não desejo estar certa sempre, o que eu quero é ser feliz!