17/06/2011

Quer saber?! Parei.


Hoje, me vejo às seis da tarde, sentada sem ter absolutamente nada pra fazer. Logo eu, que nunca tenho tempo sobrando, me vejo aqui a ver navios, no caso, a ver as barcas atravessando a Baía de Guanabara. Vendo os carros resumidos a pontinhos de luz passando pela ponte Rio-Niterói e é aí que percebo o quanto me comporto como uma ratinha correndo na rodinha constantemente, achando sempre que estou quase lá. Quase onde mesmo?
O mundo cobra o máximo da gente o tempo todo e quando não aguentamos mais e as circunstâncias nos submetem a uma parada obrigatória, nos damos conta do quanto nos arriscamos cegamente em tentativas frustradas de atingir a perfeição, planejando folgas sempre pra mais tarde, chamando as responsabilidades sempre pra mais perto. Me satisfaço então por estar aqui, completamente impossibilitada de cumprir qualquer das minhas obrigações: estudar, arrumar, enfim, pensar. Não quero fazer da rotina minha senhora, não pretendo ser refém do medo de fracassar, quero romper com minhas expectativas e não mais pensar em nada que me prenda ou sufoque.
O que desejo hoje é não fazer planos a longo prazo, simplesmente sentir a noite que cai sobre mim dizendo que é só uma criança e que eu também não passo de uma criança pra querer bancar a adulta e carregar o mundo nas costas. O que eu desejo de verdade são noites bem dormidas, dias bem vividos e se não for pedir muito... fins de semana inesquecíveis. A vida é curta demais pra tantas perguntas, tantos medos, tanto pensar. Porque hoje, aah... hoje eu só quero que o dia termine bem ♪

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